terça-feira, 27 de julho de 2010

Contribuições valiosas de Paulo Nassar

Ontem pelo twitter, tive acesso a um texto do Nassar, uma contribuição para a Comissão de Especialistas em formação superior de relações públicas. Dias atrás publiquei aqui que essa comissão esta discutindo o curso de RP a pedido do MEC para uma reformulação das nossas diretrizes curriculares.

Vale a pena ler o texto na íntegra. Vou postar aqui algumas partes, que você encontra no site da ABERJE: http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_ver.asp?ID_COLUNA=314&ID_COLUNISTA=28

(...)
"A partir da análise de documentos que expressam o perfil, o ideário e os objetivos de dezenas de organizações de relações públicas, é possível afirmar que a formação e a identidade dos relações-públicas dificilmente são delineadas separadamente do que eles pensam, planejam, executam e avaliam. O trabalho cotidiano constitui território de grande abrangência e de grande convergência, quando as organizações que congregam esses profissionais em todo o mundo falam sobre a profissão. As associações inglesas de relações públicas e comunicação empresarial – representantes das atividades de relações públicas mais desenvolvidas da Europa, que movimentam algo em torno de 6,5 bilhões de libras por ano e empregam aproximadamente 50.000 pessoas em funções de relações públicas – destacam como habilidades dos profissionais: a análise do ambiente organizacional nas dimensões do passado, presente e futuro (tendências) e as necessidades – planejamento, coordenação, ação, controle e aconselhamento – da gestão relacional e comunicacional da empresa ou instituição frente às demandas da sociedade e das redes de públicos, entre eles os empregados, a comunidade, a imprensa, os acionistas, as organizações não-governamentais, os investidores e os governos."

(...)

No ambiente norte-americano, professores de relações públicas de grande renome, integrantes de universidades colocadas entre as mais reconhecidas pela academia e pelo mercado, além de integrarem os conselhos científicos de associações como a Arthur W. Page Society (AWPS), a Public Relations Society of America (PRSA) e a International Association of Business Communicators (IABC), endossam a visão dos profissionais do Reino Unido. Maria P. Russel, professora de relações públicas e diretora da Newhouse School of Public Communications, da Universidade de Syracuse, acredita que é longa a lista de habilidades que os profissionais de relações públicas e comunicação corporativa devem dominar. Na opinião de Russel, aos conhecimentos intrínsecos de relações públicas, eles devem somar os conhecimentos de planejamento estratégico, marketing e finanças, negociação, resolução de conflitos, facilitação, liderança, pensamento crítico e visão internacional. Para Don Winslow Stacks, professor de relações públicas da Escola de Comunicação da Universidade de Miami, membro da AWPS e do Institute for Public Relations (IPR) os que trabalham com atividades relacionais e comunicacionais devem entender de economia e ciência política, porque as organizações funcionam principalmente condicionadas ao que acontece na política e na economia. Já a Comissão para a Educação em Relações Públicas, dos EUA, em seu relatório de 2006, propõe que a formação básica ideal, equivalente a graduação brasileira, na profissão inclua os seguintes eixos de conteúdos:

- Introdução que inclua teoria, história de relações públicas e princípios;
- Estudo da prática de relações públicas por meio de estudos de casos;
- Legislação e Ética em relações públicas;
- A escrita e a produção em relações públicas;
- O planejamento e a gestão em relações públicas;
- Programa de estágio supervisionado em relações públicas; (grifo meu)
- Disciplinas optativas.

O Professor Terry Flynn, da McMaster University, diretor da Canadian Public Relations Society Inc (CPRS), informa que é comum em seu país o ensino de relações públicas ser ministrado também em escolas de negócios. O que se dá também na Austrália e na Nova Zelândia, como nos cursos das Auckland University of Technology (AUT) e da Open Polytechnic New Zealand, onde são oferecidas graduação em Comunicação e Relações Públicas.


Há 10 anos formada em Relações Públicas, hoje vejo um cenário diferente e se eu já acreditava na profissão quando tudo parecia confuso, agora então, estou feliz com o que tenho vivenciado. Obrigada, Paulo Nassar, Margarida Kunsch e todos aqueles que contribuem com a profissão.

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